Em 2013, um dos raros episódios de falha e parada dos sistemas da Amazon (com duração de apenas 30 minutos) foi o bastante para fazer a gigante norte-americana do varejo eletrônico perder o equivalente a US$ 66.240,00 por minuto, de acordo com dados da Forbes.
Parece pouco? Nem tanto se prestarmos atenção ao fato de que, em empresas como essas, “evaporam-se” cerca de US$ 4 milhões a cada hora de downtime. Veja que as perdas constantes de conexão não são “privilégios” apenas das PMEs (embora, no caso destas, um link redundante costuma ser a solução de boa parte dos problemas sobre o assunto).
Curiosamente, em um outro caso emblemático, ocorrido no mesmo ano, a Google ficou fora do ar por apenas 2 minutos, tempo curto, mas suficiente para derrubar o tráfego global na internet em impressionantes 40%. Há exemplos similares de falhas em servidores de provedores de internet que resultaram em prejuízos inomináveis ao setor financeiro, varejo eletrônico, saúde, serviços e até governos.
E engana-se quem pensa que apenas as grandes organizações sofrem impactos devastadores com as perdas constantes de conexão. No caso das pequenas e médias empresas, as oscilações e paradas repentinas costumam ocasionar uma perda de produtividade silenciosa, mas letal no médio prazo. Essas deficiências se tornam ainda mais graves porque, segundo pesquisas, 52% das organizações sequer calculam o custo do downtime em suas finanças.
Em tempos de crise, é preciso manter alta produtividade e sistemas que deem suporte ao alcance das metas do negócio, algo que passa inevitavelmente pela qualidade das conexões. Veja a partir de agora como estratégias como link redundante ou conexões dedicadas podem ser refletidas positivamente nos resultados de sua organização!
Para começo de conversa: o que é redundância?
O termo redundância se refere à capacidade de um sistema em superar a má performance de um de seus componentes pelo acionamento de um segundo dispositivo, que está sempre disponível para ser utilizado em momentos de falhas do principal. É o caso do link redundante.
A importância que a área de tecnologia adquiriu nos últimos anos (TI estratégica) explica por que é comum encontrar nos planos de contingência da maioria das empresas esse tipo de recurso. Disponibilidade é a palavra-chave para o sucesso no mundo dos negócios na era da transformação digital.
O que é link redundante e qual sua função?
A redundância diz respeito à duplicação de componentes críticos e é fundamental para o equilíbrio, confiabilidade e estabilidade dos sistemas de TI. Após um diagnóstico da demanda no fluxo de dados da empresa, a instalação de um link backup é a garantia de que se o link primário (que assume a responsabilidade inicial pelas trocas de dados) estiver inoperante em determinado momento, o link redundante continuará prestando os serviços requisitados normalmente, fazendo com que a ocorrência seja imperceptível na rotina dos usuários.
A existência de múltiplos links permite ainda o uso de estratégias como load balance (distribuição da carga de trabalho uniformemente entre links diferentes) e o chamado failover, colaborando para que a execução das múltiplas tarefas diárias na empresa (upload, download, realização de videoconferências etc.) não desequilibre a estabilidade das conexões.
Para quem não conhece, failover é um recurso que avalia a integridade do link primário e, em caso de constatação de qualidade baixa, faz uma transferência automática de toda a comunicação para o segundo link, de modo que a empresa não é afetada pela instabilidade no link principal. Evidentemente, é preciso ter links redundantes para dar essa versatilidade de ações à TI, tornando-a mais ágil e eficiente.
A redundância é um elemento imprescindível para o aumento da disponibilidade de uma rede. Entretanto, é importante destacar que não deve ser o único fator a ser considerado, uma vez que um sistema pode apresentar diversas vulnerabilidades.
Nessa perspectiva de adoção de múltiplas estratégias, poderíamos citar, por exemplo, um caso hipotético de uma rede de alta disponibilidade com sistemas de backup que oferecem funcionalidades similares, no entanto, com implementações diferenciadas. Esse tipo de variação afasta um eventual comprometimento do sistema principal, bem como do backup, pela adoção de uma única estratégia de atendimento.
Link redundante e link dedicado são a mesma coisa?
Tecnicamente, os conceitos são diferentes. Na prática, o link redundante é uma consequência da implementação da conexão dedicada em sua empresa. Como assim? Conceitualmente, um link redundante é uma conexão pronta para substituir a primária quando esta apresenta falhas de performance.
Por outro lado, um link dedicado (também chamado IP dedicado) faz oposição à ineficiência da banda larga. Trata-se da possibilidade de estabelecer a conectividade na web por meio de um caminho privativo junto ao provedor de internet, muito diferente do que ocorre na banda larga.
Em vez da internet compartilhada (ADSL), que oferece acesso simultâneo de múltiplos usuários ao mesmo canal de comunicação (com oscilações/quedas constantes de sinal e, riscos à segurança), na conexão dedicada, a exclusividade ao canal de comunicação garante:
- 100% da banda contratada;
- possibilidade de distribuição de bandas;
- disponibilidade de IPs fixos para configurações personalizadas;
- maior velocidade, estabilidade e segurança;
- em alguns casos, personalização de tamanho de banda (sob projeto);
- além, é claro, de acesso redundante (links redundantes).
Percebeu que, de certa forma, são expressões complementares?
Qual a diferença entre link dedicado e uma VPN?
Uma VPN (rede virtual privada) é, basicamente, uma conexão privada entre dois computadores públicos, mas com os benefícios de segurança de uma rede privada interna. A VPN usa a internet como conexão e adiciona uma camada de segurança a ela, possibilitando a troca de dados entre pontos com maior proteção, ainda que haja o uso de um serviço de banda larga como ADSL.
Embora seja uma solução barata, não apresenta a escalabilidade de um serviço de link dedicado, além de manter as falhas de desempenho próprios da conexão compartilhada (como lentidão, oscilações etc.).
Como configurar um link redundante?
Alguns passos são imprescindíveis para configurar um link redundante que traga benefícios reais à empresa. O que deve ser levado em consideração:
- fazer um mapeamento detalhado de suas missões críticas, listando quais são as aplicações mais importantes da organização, o volume de demanda de cada departamento e as possíveis correções/balanceamentos que podem ser feitos por meio de redesenhos na infraestrutura de TI.
- comparar as operadoras, verificando os SLAs, a estrutura dos serviços de suporte, o gerenciamento de redes, entre outras variáveis;
- direcionar as soluções dedicadas para suas aplicações de maior importância, visando melhorar ainda mais seu desempenho;
- ter recursos de monitoramento do tráfego é essencial para acompanhar as variações de carga entre os links.
Caso esteja em busca de um script de redundância de links, entre em contato conosco e teremos o prazer em diagnosticar suas necessidades e as melhores soluções a serem adotadas para otimizar o projeto de rede de sua empresa!
Por que utilizar o link redundante?
Atualmente, as empresas estão cada vez mais dependentes da internet. Entregar declarações ao Fisco (Sistema SPED, de escrituração digital), emitir notas fiscais, movimentar recursos, fazer reuniões com funcionários em locais diferentes, tramitar contratos, comercializar produtos/serviços exclusivos pela rede mundial de computadores etc. É realmente difícil imaginar algo que esteja fora da rede, em uma era em que o online e o offline se misturam cada vez mais.
O ponto negativo desse novo cenário é que bastam alguns minutos de instabilidade na rede para que os prejuízos se acumulem. Um estudo feito em 2016 por uma consultoria de TI revelou que, em média, as empresas brasileiras enfrentam 14 paradas de sistemas por ano, com prejuízo anual na faixa de US$ 18 milhões. Não é pouco. O problema é que muitas companhias ainda menosprezam os efeitos das instabilidades de rede em seus resultados financeiros. Será que parte da crise financeira de sua empresa não poderia ser estancada com mudanças na TI?
Quanto custa a indisponibilidade em sua empresa? Fazendo uma conta superficial, já é possível verificar que os custos são altos. Vamos abordar apenas o aspecto trabalhista, a título de curiosidade.
Imagine que você tenha 100 funcionários, cada um recebendo mensalmente R$ 5 mil. Supondo que eles atuem 22 dias por mês, durante 8 horas por dia, o valor-hora pago a cada colaborador (contando já os tributos incidentes sobre a folha de pagamento) seria em torno de R$ 30,00.
Suponha agora que sua empresa perca 4 horas por mês com quedas de sistema (48 horas/ano). Se cada hora sem expediente representa um desperdício total de R$ 3.000,00 com folha de pagamento (R$ 30,00 x 100), as 48 horas anuais representariam R$ 144.000,00 que escorrem pelo ralo em seu fluxo de caixa, tão somente para arcar com custos que não se revertem a favor da empresa. E perceba que estamos falando apenas dos custos trabalhistas. Há ainda muitos outros prejuízos. Vamos ver alguns no tópico abaixo.
É interessante que o gestor de TI pondere à cúpula da empresa que o custo com um link dedicado é bastante inferior a um prejuízo no patamar citado acima, por exemplo. Essa conexão exclusiva, que garante caminho livre de congestionamentos no tráfego de dados (além de link redundante para manter a conexão ininterrupta), resulta em estabilidade plena, confiabilidade, escalabilidade e muito mais segurança.
Certamente vale a pena para a organização e esses benefícios explicam a corrida desenfreada das empresas, nos últimos tempos, pela implementação de novos projetos de rede/mudanças na infraestrutura de TI, como a adoção dos links dedicados. Especialmente no Brasil, em que os serviços de banda larga ainda deixam muito a desejar.
Vale lembrar que os provedores de soluções de internet dedicada costumam ter SLAs agressivos, com políticas de ressarcimento e oferecimento de monitoramento permanente. Há confiança na qualidade do serviço, exatamente porque o valor agregado desse tipo de conexão é extremamente elevado.
A fórmula da indisponibilidade
Não é coincidência. Os grandes players do mercado são, em geral, os que mais investem em projetos de rede e infraestrutura de TI de alto impacto. Mas se você já está começando a desconfiar que é preciso mensurar a indisponibilidade em sua empresa para buscar um plano de implementação de novos recursos (e convencer a cúpula da organização), saiba que é possível calcular o percentual de atividade de sua rede.
Para calcular exatamente o percentual de disponibilidade de um ambiente em um determinado momento, você deverá, inicialmente, subtrair o tempo total do período pelo tempo de indisponibilidade. Em seguida, o valor encontrado deve ser dividido pelo tempo total do período. Por fim, deve-se multiplicar o produto por 100, a fim de ajustar o resultado para termos percentuais. Parece complexo? A fórmula é bem mais simples:
((TTP – TInd)/TTP) X 100, onde:
TInd – Tempo de indisponibilidade
TTP – Tempo total do período
Exemplo prático: uma rede com 50 usuários, em uma semana de 40 horas de trabalho, que tenha sofrido uma queda de rede por 4 horas, terá uma disponibilidade mensurada pela fórmula:
Índice de Indisponibilidade = ((TTP – TIE)/TTP) X 100
Índice de Indisponibilidade = 40-4/40*100 = 90%
O que sua empresa pode estar perdendo por não ter conexão dedicada e links redundantes?
Os custos de inoperabilidade (downtime) passam por:
Perda de produtividade
Incluem-se nesse item tanto as horas pagas aos colaboradores durante as paradas quanto as horas-extras necessárias para regularizar demandas atrasadas.
Aumento nas taxas de churn
Segundo Philip Kotler, um dos maiores nomes do Marketing, o custo de conquistar um novo cliente é entre 5 a 7 vezes maior do que manter os já existentes. Ter sistemas que oscilam o tempo todo ou conexões que caem com frequência com certeza vai gerar custos com insatisfação. Quais? Reclamação em órgãos de defesa do consumidor, ações judiciais, mácula na imagem corporativa, perda de fidelidade, entre outros problemas decorrentes de não estar disponível quando seu cliente mais necessita.
Rompimento/perda de dados
A inatividade de sistemas pode corromper dados estratégicos de sua organização. Imagine o quanto a TI será cobrada se o departamento contábil da empresa remeter alguma obrigação fiscal à Receita com dados corrompidos, simplesmente porque as oscilações são constantes e a rede não confiável falhou justamente no momento em que não poderia falhar? Não seria melhor ter um link redundante? O que, afinal, sai mais barato?
Perda de oportunidades
Quantos negócios uma empresa pode perder por deixar escapar o timing da oportunidade, em função dos sucessivos períodos offline (caso de aplicações financeiras não realizadas, propostas canceladas, embarques adiados, contratos que deixam de ser fechados etc.).
Talvez as frequentes paradas de sistemas tenham afastado também sua organização de grandes negócios. Alegar que investir em um link redundante é gastar desnecessariamente pode resultar em prejuízos silenciosos, que impedem o crescimento de sua empresa.
Um exemplo claro disso pode nos ser dado pela Southwest Airlines que, após reunir sua equipe técnica para dar fim a cerca de 12 horas de indisponibilidade em seus sistemas (fato ocorrido em 2016), foi obrigada a cancelar nada menos do que 2.300 voos. Estamos falando de perda de credibilidade, futuras indenizações judiciais, entre outros desgastes.
Quem sabe um investimento maior na estrutura de links dedicados poderia ter evitado esses danos irreversíveis à imagem dessa companhia aérea? Definitivamente, algumas economias não valem a pena.
Custos com retrabalhos
O tempo de parada de sistemas pode desorganizar diversas informações, que precisarão ser reagrupadas posteriormente. Quanto às informações perdidas, também haverá um custo de oportunidade envolvido.
Custo de manutenção e solução dos problemas
O custo de solucionar uma indisponibilidade, muitas vezes, é muito maior do que a simples força de trabalho do staff da TI. Uma pane nos sistemas pode gerar desligamento indevido de equipamentos, deterioração de alimentos cuja temperatura é monitorada eletronicamente, entre outras atividades que deveriam ser ininterruptas.
Penalidades e indenizações
Referem-se aos lucros cessantes a clientes ou fornecedores, indenizações a passageiros lesados, cobrança de ressarcimento quanto a prejuízos acarretados no mercado financeiro, ação judicial contra perda de lucro pela impossibilidade de movimentação de contas bancárias, entre outras situações que ensejam aplicação de penalidades ou restituições.
Diante da gravidade das consequências dos itens listados acima, fica evidente o valor de um investimento em uma rede com link dedicado e redundância, concorda?
O link redundante como ferramenta de negócio
Com a quantidade de pessoas conectadas no mundo em patamares sem precedentes na história (estima-se que, até 2020, serão cerca de 4,1 bilhões, sendo a maioria com acesso por meio de smartphones), torna-se fundamental (independentemente do porte e segmento da empresa) entregar disponibilidade de seus sistemas 24×7 aos seus clientes.
Dessa forma, não é difícil perceber que ter links redundantes e conexões exclusivas é um poderoso instrumento de vantagem competitiva nos negócios (TI estratégica atuando diretamente nos resultados do business).
Seria o caso, por exemplo, de uma empresa do varejo eletrônico, que mantenha estabilidade plena em dia de Black Friday, enquanto os servidores de seus concorrentes diretos apresentam problemas pelo excesso de acessos, saindo do ar inúmeras vezes. A migração dos clientes para a loja com boa infraestrutura de TI será inevitável.
Outro exemplo seria o de uma empresa de transmissão de eventos, que possui a credibilidade de não apresentar histórico de falhas de comunicação durante as reproduções de shows ao vivo. Ou quem sabe de uma corretora de valores, cujo Home Broker está sempre à disposição dos clientes, sem sustos decorrentes de quedas repentinas (que podem custar milhões).
Investimento em infraestrutura de rede e armazenamento, como implementação de conexões dedicadas, colocation, link redundante (backup), Cloud Server, entre outros, possuem altíssimo Retorno sobre Investimento (ROI), tornando a empresa mais forte para competir em um mercado extremamente tecnológico.
Aumentar a eficiência da TI pode, inclusive, ajudar na estabilidade do negócio em tempos de crise. A retração do mercado exige a adoção de estratégias de reestruturação, como downsizing, renegociação de contratos e, principalmente, automações de processos. Mas como partir para esse aprofundamento da TI no negócio se a empresa sequer tem uma rede minimamente confiável?
De acordo com um levantamento da Forrester Research, divulgada em 2017 (e que contou com 157 profissionais da área de TI), 34% dos entrevistados confessaram que suas empresas sofrem algum período de inatividade diariamente; 42% perdem entre 1 hora e 1 semana para encontrar as razões da queda de desempenho; por fim, 60% são obrigados a reunir até 10 funcionários para resolver o problema.
Conclusão
Quando você se conecta à internet por meio da banda larga, sem qualquer estratégia de redundância (como ocorre na maioria das residências), suas solicitações de acesso estão percorrendo um mesmo caminho de outros milhares de usuários, o que explica as famosas oscilações na rede, tão frequentes a quem utiliza esse tipo de conexão.
Seria mais ou menos como estar extremamente apressado em alguma avenida de Nova Deli, bem no horário de pico. Você acha que conseguiria chegar mais cedo a algum lugar? Pois bem. Essa é a metáfora mais didática possível do que é a banda larga.
Assim como ocorre em um congestionamento urbano, ter um oceano de dados de origens diferentes, entrechocando-se pelo mesmo canal, representa um risco permanente à segurança, além de baixa velocidade e irregularidade no fluxo de informações. E se o (único) link compartilhado cair?
Não parece nada interessante ao ambiente empresarial (que vive da eficiência, excelência e rapidez) ter seu mais importante ativo (os dados) trafegando lentamente, de forma inconstante e suscetível a perdas, como no caso da conexão ADSL, certo? É preciso ter conexões dedicadas para suas missões críticas, com redundância, balanceamento de cargas e outras estratégias que façam da tecnologia uma alavanca e não um obstáculo para o sucesso empresarial.
Em função dessa demanda por maior regularidade e velocidade na transmissão dos dados é que canais exclusivos (conexão dedicada) e suas consequentes estratégias de link redundante, colocation e distribuição de cargas vêm sendo adotadas massivamente pelas organizações de vanguarda.
A propósito, e em sua organização, como anda a infraestrutura de TI e a organização da rede? Existem múltiplos links? Como é feita a comunicação com o provedor de internet? Não deixe a TI de sua empresa destacar-se negativamente!
Quem é gestor sabe que um setor de tecnologia eficiente é aquele que é esquecido pela empresa, pois tudo funciona permanentemente e em alta velocidade.
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