Saiba a importância de um Sistema Autônomo estar conectado a um PTT e porque esses locais são essenciais para a existência da internet.
A internet pode ser vista, em poucas palavras, como um emaranhado de redes conectadas entre si. Nesse contexto, os PTTs Pontos de Troca de Tráfego – PTTS têm papel fundamental. Isso porque é por meio desses pontos físicos que provedores de acesso à internet (Internet Service Providers – ISPs, em inglês) conectam empresas e usuários domiciliares à internet. Para ajudar você a saber mais sobre eles, preparamos este post.
Continue a leitura e entenda como os Pontos de Troca de Tráfego são importantes para os Sistemas Autônomos (Autonomous Systems ou AS – em inglês)!
O que são Pontos de Troca de Tráfego ou Internet Exchange?
Os PTTs — também chamados de IX, ou Internet Exchange — são hubs responsáveis pela conexão de redes e servidores de diferentes provedores de acesso à internet (ISPs) e Sistemas Autônomos que estejam presentes nestes pontos de troca de tráfego.
Para estar presente e trocar tráfego em um IX é necessário que as empresas sejam Sistemas Autônomos, ou seja, tenham seus próprios prefixos de IP para gerenciar e trocar tráfego a partir de uma política comum que define regras de roteamento para a Internet, como é o caso das ISPs.
Um PTT é igual a um data center?
O PTT pode se assemelhar a um data center diante da sua importância para o funcionamento de serviços de rede. Porém, as duas infraestruturas desempenham papéis diferentes.
Um data center, ou centro de processamento de dados (CPD), nada mais é do que um ambiente voltado para o funcionamento de um conjunto de servidores e sistemas computacionais de telecomunicações e armazenamento de dados com fornecimento de energia para instalação. Essas máquinas podem ser direcionadas para serviços de cloud computing, hospedagem de páginas web ou mesmo a execução de tarefas específicas que dependam de processamento de dados.
Já o PTT é um centro operacional voltado para transporte e troca de tráfego entre redes e servidores de Sistemas Autônomos, ou seja, empresas que tenham seus próprios prefixos de IP para gerenciar a partir de uma política comum que define regras de roteamento para a Internet, como explicamos anteriormente.
Em alguns casos, o PTT pode até estar ligado a um data center (há infraestruturas privadas que podem disponibilizar esse tipo de serviço), mas nem sempre é o caso.
Quais são os PTTs públicos existentes?
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br (Nic.br) é o responsável pela gestão de PTTs públicos em conjunto com o Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) em nosso país. Desse modo, quem trabalha com a prestação de serviços de rede no país também pode obter acesso a uma alternativa pública para conectar os seus clientes. O NIC.br opera em 25 pontos no país, que são:
- Americana (SP);
- Belém (PA);
- Belo Horizonte (MG);
- Brasília (DF);
- Campina Grande (PB);
- Campinas (SP);
- Caxias do Sul (RS);
- Curitiba (PR);
- Florianópolis (SC);
- Fortaleza (CE);
- Goiânia (GO);
- Lajeado (RS);
- Londrina (PR);
- Manaus (AM);
- Maringá (PR);
- Natal (RN);
- Porto Alegre (RS);
- Recife (PE);
- Rio de Janeiro (RJ);
- Salvador (BA);
- São Carlos (SP);
- São José dos Campos (SP);
- São José do Rio Preto (SP);
- São Paulo (SP);
- Vitória (ES).
Por que os PTTs são importantes?
Os PTTs ou IX são fundamentais para a existência da internet como conhecemos hoje em dia, pois facilitam a troca de tráfego ou transporte de uma rede para outra e fazem o direcionamento do tráfego sempre por rotas que tenham um melhor custo-benefício e da forma mais otimizada possível. Nessa relação, os PTTs permitem que provedores possam estruturar a sua própria infraestrutura para negociar com parceiros a entrega de serviços via PTT com mais qualidade, performance, baixa latência e com cobertura nacional.
Quais são as vantagens de um Sistema Autônomo se conectar a um IX, seja público, seja privado?
Nos últimos anos, a estrutura dos PTTs brasileiros passou por mudanças. Nesse contexto, o projeto IX.br foi criado para promover a interconexão entre provedores e auxiliar todas as empresas do ramo a aprimorarem a qualidade dos serviços com menos burocracia, favorecendo tanto quem entrega como quem consome os serviços dentro do IX.
O projeto IX.br além de reduzir a burocracia, busca diminuir os custos, ampliar a qualidade do tráfego, tornando a troca mais econômica e simples para todos os envolvidos. Com isso, o aumento da performance também é uma consequência, porque nesse novo cenário os balanços de tráfego passam a ser resolvidos com melhor custo-benefício.
O projeto também visa otimizar o controle de tráfego. Com a mudança, o provedor pode escolher rotas que passem por um menor número de redes antes de chegar ao destino final. Dessa maneira, a intenção é gerar menos latência, perda de pacotes e gargalos na velocidade que é repassada para o cliente do provedor e, consequentemente, ao consumidor. Esses fatores são críticos para o uso de serviços web populares, como os de streaming e jogos online, por exemplo.
Por fim, o projeto IX.br também busca auxiliar na expansão dos serviços nacionais que dependem de internet. As empresas que fazem parte de um Ponto de Troca de Tráfego regional podem se conectar às redes de outros provedores nessa mesma localidade ou até a outras que também estejam presentes em um IX, aumentando a capacidade de prestar serviços e ampliar o acesso a rede de uma forma geral.
Desse modo, eles conseguem fornecer serviços mais atraentes sem que o custo operacional aumente drasticamente, principalmente em cidades pequenas.
Como vimos, estar presente em Pontos de Troca de Tráfego, agora chamados de Internet Exchange, é um diferencial interessante para Sistemas Autônomos. Ao estar presente fisicamente em um desses pontos é essencial avaliar as condições desse serviço em cada região para ter o melhor custo-benefício com segurança.
Dessa maneira, é possível entregar sempre aos clientes e consumidores um serviço web que seja funcional, eficiente, flexível, escalável e confiável.